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Como as Seguradoras calculam o preÇo?

O preço de um seguro é o resultado de um cálculo estatístico. A seguradora avalia alguns fatores de risco e, a partir deles, calcula qual a probabilidade de o veículo ser roubado ou sofrer um acidente. A partir daí, ela estima quanto terá de pagar de indenização e define quanto vai cobrar do segurado.

Tomemos como exemplo a diferença que existe entre os preços dos seguros de um Gol e de um Focus. O Gol é um veículo muito mais visado pelos ladrões. É um modelo mais barato, mais fácil de vender e o mercado para as autopeças obtidas irregularmente nos desmanches criminosos é muito maior. Por isso, seu risco para a seguradora é maior e suas apólices contra roubo são mais caras.

O modelo e o ano do carro, bem como a sua finalidade de uso, são os principais fatores a definir o preço do seguro, sendo responsáveis por 60% do prêmio cobrado. Acessórios também contam: faróis especiais, sonorização poderosa e pinturas especiais podem elevar o preço, pois são mais caros para substituir em caso de acidente.

Ainda há outros fatores que definem o preço do seguro. O primeiro é o perfil do segurado: seu sexo e sua idade. Não tem jeito, homens pagam mais que mulheres e motoristas entre 18 e 25 anos de idade terão custo maior que o dos mais velhos. Mulheres e motoristas mais maduros são mais cuidadosos ao dirigir. Eles oferecem menos risco e por isso seus seguros são mais baratos. Gênero e idade respondem, em média, por cerca de 20% do prêmio total do seguro. Se o segurado tiver filhos adolescentes, ele também terá um risco maior, assim como o preço da apólice.

O fator de risco seguinte corresponde a diversos itens englobados na maneira de conduzir o veículo. O princípio aqui é o seguinte: carros que estão na garagem correm menos risco de roubo e acidentes que carros que estão nas ruas. Assim, quanto mais tempo o carro permanece na garagem, menos paga-se pelo seguro. Na prática, os segurados que têm garagem em casa e no local de trabalho, e que não usam o carro para trabalhar, pagam menos.

O endereço também conta. As cidades grandes (muito populosas) são as mais inseguras para os motoristas, não apenas pelo elevado número de acidentes como pela dedicação dos ladrões. Nessas cidades, o cálculo é que 2% a 3% dos veículos segurados serão roubados ou furtados. Em algumas cidades do interior, esse percentual pode cair para menos de 1%. A idade média da frota de automóveis em circulação na cidade também faz diferença, já que influência no valor de indenização a terceiros. O endereço responde por cerca de 10% da formação do preço final.

Finalmente, o quarto fator que influencia o preço é a instalação de equipamentos de segurança. Essa é a única maneira que o cliente tem de reduzir de fato o prêmio pago. Os melhores exemplos são os rastreadores, que permitem localizar o carro imediatamente em caso de furto, e as vacinas (identificação das peças do veículo, como alternativa de proteção contra crime de roubo e desmanches). Em alguns casos, as seguradoras oferecem instalação desses equipamentos gratuitamente para o segurado.

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